sexta, 22 de novembro de 2019 às 14h:38

Muitos estudantes ainda têm dúvidas sobre como são calculadas as notas do Enem. Isso porque o número de acertos no gabarito não quer dizer, necessariamente, a nota final. O Enem se baseia em uma análise de itens e cálculo estatístico da Teoria de Resposta ao Item (TRI).

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), esse cálculo leva em conta a coerência no padrão de respostas de cada candidato. O que isso significa? Terá uma pontuação maior quem acertar as questões mais complexas da prova e, consequentemente, acertar também as mais fáceis. O algoritmo saberá que a pessoa, de fato, sabia e não chutou.

Com essa metodologia, duas pessoas com a mesma quantidade de acertos na prova poderão ter notas diferentes, uma vez que as 180 questões do Enem são divididas em níveis fácil, médio e difícil.

Para o professor de química do Canal Educação, Felipe Rosal, que ministra aulas em preparatórios para o Enem, é importante que o aluno relembre outra metodologia: a Teoria Clássica dos Testes (TCT) “Nela, de forma geral, a avaliações que se fazem nestes moldes de testes estão relacionadas ao conteúdo total de pontos, ou seja, se temos 180 questões, cada questão não é considerada individualmente, mas sim o todo do número de questões acertadas”, explica.

Em resumo: a nota final será a coerência do padrão de resposta + pressuposto da cumulativa + características (parâmetros de complexidade) de cada item. “Dessa forma, há uma facilidade maior de avaliar as habilidades de cada indivíduo”, finaliza.

SOBRE TRI

A Teoria de Resposta ao Item foi implementada nas provas do Enem em 2009 com objetivo de comparar o desempenho dos estudantes. Sem a TRI, milhares de estudantes poderiam ficar com notas iguais e, assim, seria muito mais complexo criar critérios de desempate.

Segundo o Inep, a ideia de inserir a metodologia é para que o aluno adquira conhecimento, evitando escolher um item sem saber a resposta correta. 

Ascom Canal Educação

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